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sábado, 11 de junho de 2016

Eurocopa - Análise dos Favoritos - França

Os donos da casa são também os grandes favoritos da competição européia. O fator casa pesará bastante, mas mais importante que isso é o encaixe de jogadores protagonistas da última temporada, em uma formação que é bastante natural para todos os envolvidos.

Defesa


A França perdeu três zagueiros importantes. Dois machucados na fase de preparação para a Euro: Raphael Varane, do Real Madrid e Jeremy Mathieu, do Barcelona. Além deles, Sakho, do Liverpool, foi barrado pelo técnico depois de suspeita de doping. Para substituí-los, Deschamps escolheu Adil Rami, do Sevilla e Koscielny, do Arsenal. No primeiro jogo contra a Romênia, a dupla foi bastante testada, em particular Rami. Apesar de alguns momentos nervosos, acabou se saindo bem.


Nas laterais, o veterano Evra, campeão italiano com a Juventus deve começar na esquerda. Seu reserva é o jovem Lucas Digne, da Roma. Evra tem história com a seleção francesa, e foi multicampeão em sua passagem pelo Manchester City, mas com certeza seus melhores dias ficaram para trás. No jogo inicial, contra a Romênia, acabou cometendo pênalti bobo, que quase comprometeu a estréia da seleção francesa. Do outro lado, Sagna é o titular. O lateral-direito do Manchester City sabe atacar, mas não é nenhum primor, e por muito tempo foi reserva de Zabaleta no seu time. Seu reserva é Jallet, do Lyon.


A defesa é complementada por Hugo Lloris, que vem de boa temporada com o Tottenham, e é um goleiro moderno que sabe jogar como líbero atrás de uma defesa adiantada. Em suma, a defesa da França tem nomes bons, que até são titulares em seus times hoje, mas nenhum nome de muito destaque. É definitivamente o setor mais fraco da França, muito pelo força do meio-campo e da defesa.

Meio-Campo


Os três meio-campistas titulares foram campeões nacionais na última temporada - Leicester, PSG e Juventus. Kanté foi o carregador de piano do Leicester, a maior surpresa da temporada. É muito bom na recuperação de bola, e é confiável nos passes, ainda que não arrisque muito, consegue distribuí-la bem. Matuidi e Pogba formam uma dupla com muita energia e técnica. O meia da Juventus, em especial, já é e deve continuar por muito tempo um dos melhores meio-campistas da sua geração, se não o melhor. Infelizmente, contra a Romênia, ele passou mais tempo ajudando a cobrir o lado direito do que mostrando sua capacidade de armação. Matuidi pode parecer meio desengoçado, mas tem um fôlego enorme. Ele pode ajudar a pressionar a saída de bola adversária. Além disso, seu movimento característico é sair do meio para a ponta esquerda, o que é bastante difícil de marcar. Os três reservas jogam no campeonato Inglês. São três meio-campistas versáteis capazes de marcar e armar bem. Não devem incomodar os titulares, mas serão úteis para manter a estrutura e a energia durante os jogos.

Ataque

O técnico Didier Deschamps têm a disposição seis jogadores capazes de serem titulares. Giroud, do Arsenal, e Gignac são dois centroavantes clássicos. Giroud é o titular, e Gignac seu reserva imediato. Dos seis, Gignac deve ser o menos utilizado, já que é basicamente um reserva direto com as mesmas características de Giroud. Os quatro restantes são jogadores rápidos, habilidosos, e que caem mais pelos lados do campo. Griezmann, do Atlético de Madrid vice da Champions League; Payet, sensação do West Ham que terminou em sétimo no Campeonato Inglês; Martial, jovem revelação de 20 anos do Manchester United e Coman, jovem de 19 anos que fez grande temporada no Bayern de Munique. Tantos jogadores de qualidade vivendo bom momento em seus clubes ao mesmo tempo é uma ótima notícia para a França, que é imediatamente alçada a condição de favorita.


Deschamps escolheu começar o torneio com Payet, Giroud e Griezmann. Payet foi, de longe, o melhor jogador da França em campo, apesar de ser possivelmente um dos menos badalados. Martial e Coman devem ser utilizados mais como reservas devido a sua inexperiência, e serão armas para o segundo tempo.


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