Pages

quarta-feira, 13 de março de 2013

Bayern Munich 0 x 2 Arsenal - Liga dos Campeões

Uma partida estranha. Nenhum dos dois times pareceu jogar acreditando que o resultado do primeiro jogo pudesse ser modificado. Bayern dominou as ações, mas faltou uma coletividade maior e frieza para finalizar. Arsenal, apesar do gol, não pressionou em busca do resultado até o fim da partida e encontrou dois gols. A regra do gol fora de casa foi crucial para essa situação.

terça-feira, 12 de março de 2013

Barcelona 4 x 0 Milan - Liga dos Campeões

Barcelona ressurge das cinzas após três grandes derrotas em duas semanas. Paradoxalmente, o time mudou para preservar suas maiores qualidades. Na mão contrária, o Milan mudou perdendo seus grandes méritos da primeira partida. O time deu a resposta esperada em campo, após uma semana difícil de criticas sobre o suposto fim de uma era. Lionel Messi mostrou porque tem quatro Bolas de Ouro e destruiu a defesa milanista.

domingo, 10 de março de 2013

Manchester Utd 2 x 2 Chelsea - FA Cup

Manchester aproveita erros de Cech em bolas alçadas na área para fazer 2 gols em 11 minutos de jogo, e depois assiste o Chelsea jogar, repetindo a estratégia do jogo contra o Real Madrid. No segundo tempo, as substituições de Rafa Benitez surtem efeito, e os Blues alcançam o empate. Apesar das chances de desempate no final do jogo, as equipes terão que fazer um novo jogo para decidir quem avança às semifinais da Copa da Inglaterra, o campeonato de futebol mais antigo do mundo.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Análise do Jogo - Tottenham 3 x 0 Inter de Milão - Liga Europa

Na partida de maior peso das oitavas de final, o Tottenham dominou amplamente a Internazionale de Milão e colocou os dois pés na próxima fase. Gareth Bale mostrou por que é um dos jogadores mais desejados e valorizados da temporada.


terça-feira, 5 de março de 2013

Análise do Jogo - Manchester Utd 1 x 2 Real Madrid - 1/8 Liga dos Campeões

Num jogo disputado, Real Madrid se classifica às quartas de finais da Champions League. Manchester United executou seu plano de jogo com perfeição, até que uma decisão polêmica do juiz desestabilizou o time, que levou dois gols em 10 minutos. Ainda assim, o goleiro madridista Diego López trabalhou muito, e bem.

Aquecimento
Mourinho escalou o mesmo time que disputou o primeiro jogo e o jogo contra o Barcelona pela Copa do Rei. Diego López no gol. Coentrão e Arbeloa nas laterais. Sergio Ramos e Varane na zaga. Alonso, Khedira, Ozil e Di Maria no meio, junto com Ronaldo e Higuain. Marcelo e Kaká continuaram no banco, assim como o francês Benzema, preterido ultimamente por Higuain.

Já o escocês Alex Ferguson fez muitas mudanças no seu time, em relação tanto ao jogo de ida, quanto ao jogo do fim de semana do campeonato inglês. Rooney e Kagawa, que juntos marcaram os quatro gols da equipe no seu último jogo, ficaram no banco. O técnico optou por Nani na ponta direita e Ryan Giggs na esquerda, formando uma dupla de ataque com Welbeck e Van Persie. No meio, Carrick e Cleverley foram os escolhidos. Atrás, Rafael, Vidic, Ferdinand e Evra compuseram a linha defensiva, completada pelo goleiro De Gea. 

A vez do domínio estéril do Real Madrid
Tendo a experiência do primeiro jogo e após assistir os jogos do Real contra o Barcelona, Sir Alex Ferguson com certeza percebeu que a chave para lidar com a potência do time espanhol seria evitar que eles encontrassem espaço entre e atrás das linhas de marcação inglesas. Por isso, apesar de jogar em casa, o time do Manchester jogou com duas linhas de quatro bem fechadas, dando todo o campo a sua frente. 

Com isso, o Real dominou a posse de bola no primeiro tempo. E a trabalhou muito bem. A posição natural do time, com Di Maria pela direita, Higuain na frente e Ronaldo na esquerda foi constantemente mudada, com muita fluidez. Di Maria invertia com Khedira, que por sua vez ia para a ponta direita. Higuain e Ronaldo invertiam também, com o português se tornando muitas vezes o jogador mais avançado da equipe espanhola. Em outro momento, Di Maria foi jogar na ponta esquerda, com Ronaldo flutuando por todo o ataque. Apesar de toda a movimentação, a marcação e estrutura do time inglês foram inabaláveis e relativamente seguras no primeiro tempo inteiro. Notável a marcação, por vezes dupla, de Van Persie e, principalmente, Welbeck sobre Xabi Alonso. O maestro espanhol não pôde fazer um lançamento no jogo e pouco impactou o resultado.

Aos 40 minutos, Di Maria saiu machucado e deu lugar para Kaká. A entrada do brasileiro impediu um pouco a fluidez do ataque do Real, já que o argentino fazia uma partida de intensa motivação e sincronia com os parceiros de ataque. Kaká por outro lado, passou boa parte do jogo tendo de pedir a bola, que poucas vezes recebia, e parecendo um pouco perdido no jogo. Isso contribui para o Real perder bastante do seu volume de jogo no segundo tempo.

Ryan Giggs eterno e o gol inglês

Outro destaque do time inglês foi o galês Ryan Giggs, que esta semana renovou seu contrato e deve se aposentar com mais de quarenta anos. O veterano foi escalado para jogar pelo lado direito da segunda linha do Manchester, ajudando Rafael a enfrentar a dupla Cristiano Ronaldo e Fábio Coentrão. Se alguém receasse que seu físico não seria páreo para a energia dos dois, enganou-se. Ele cumpriu, e muito bem, suas funções defensivas e ofensivas. Em dado momento, ele enfrentou Coentrão e arranjou um escanteio na raça. 

Giggs também abusou de passes incisivos na direção da dupla de ataque. Porque Cristiano Ronaldo joga tão avançado e sem guardar posição, e o meio-campo do Real não tem ninguém que caia pela esquerda, o lateral esquerdo adversário tem de marcar pressão o jogador que cai por aquele setor, sob o risco de dar-lhe muito tempo e espaço com a bola. Isso cria um buraco na defesa a ser coberto por Sergio Ramos, que foi constantemente aproveitado pela dupla Van Persie e Welbeck, inclusive no lance do gol inglês, quando a dobradinha Rafael e Giggs escapou da marcação pressão, e a movimentação da dupla de ataque deslocou a defesa, criando uma série de espaços que foram bem aproveitados.

Expulsão polêmica e a virada espanhola
O gol saiu aos 3 minutos do segundo tempo. Nesse momento, o Real precisava de apenas um gol pra igualar o jogo, mas o Manchester era impecável na execução de seu plano de jogo. Até que o português Nani, dos Diabos Vermelhos, levantou demais a perna em disputa com Arbeloa, conseguindo um cartão vermelho por jogada perigosa. José Mourinho no mesmo momento retirou Arbeloa de campo, colocando o croata Luka Modric. Khedira foi jogar na lateral direita. Nesse momento, o Real tinha: Mesut Ozil, Kaká, Modric, Xabi Alonso e Khedira em campo. Cinco meio-campistas de altíssimo nível, além de Cristiano Ronaldo.

O impacto do homem a menos e do croata foi instantâneo  Xabi Alonso continuou bem marcado, Ozil isolado e mal na ponta-direita, graças a presença de Kaká, que pouco fez, mas se juntava a Higuain no ataque, atraindo a marcação. Tudo isso colaborou para que quem pudesse usufruir de espaço fosse justamente Modric, que se posicionou entre Alonso, muito embaixo, e Kaká, muito em cima. Dali, ele distribui o jogo de forma a tentar contornar a parede que o Manchester construiu, mesmo com um a menos. Quando mesmo isso não funcionou, ele igualou o placar com um lindo chute de fora da área. Logo em seguida, ele encontrou Higuain entre os zagueiros do Manchester. O argentino tabelou com Ozil, que devolveu de letra para o atacante cruzar e Cristiano Ronaldo escorar pro gol. Em aproximadamente 10 minutos em campo, o croata participou ativamente da virada do Real.

Com um a menos, o Manchester pressiona.
Com o segundo gol do Real, o Manchester precisaria marcar mais dois para se classificar, já que o empate em 2 a 2 ainda daria a vaga ao time de Madrid. Sir Alex Ferguson colocou Rooney, Ashley Young e Valencia em campo, no lugar de Cleverley, Welbeck e Rafael, respectivamente. O time se organizou em um 4-2-3/4-4-1, com Van Persie na frente, Ashley Young pela esquerda e Rooney pela direita, vindo para o meio e deixando Valencia fazer o papel duplo de lateral e ponta, Giggs e Carrick formaram a dupla de meio-campo. Mourinho respondeu tirando Ozil - provavelmente não tirou Kaká por uma questão de respeito - e colocando Pepe, que entrou na lateral direita, com Khedira voltando ao meio, ao lado de Xabi Alonso. Modric jogou um pouco a frente dos dois, com Higuain na ponta-direita, Kaká na esquerda e Cristiano Ronaldo na frente.

Precisando dos gols, o time de Ferguson abandonou a estratégia de esperar o adversário e começou a pressionar fortemente a saída de bola, empurrando o Real para o seu próprio campo. Quando finalmente teve a atitude do adversário na qual o time espanhol prospera, eles não conseguiram aproveitaram para criar contra-ataques mortais e matar o jogo. Os últimos 20 minutos foram de domínio inglês, que fez Diego López fazer pelo menos três defesas difíceis  colocando ainda um ponto de interrogação sobre a volta de Casillas ao gol. O caminho do gol foi pelo lado direito, por onde nem Kaká nem Ronaldo voltavam para acompanhar Rafael, e depois, Valencia, amenizando a superioridade numérica. Por ali, o Manchester poderia ter virado o jogo se não fosse a grande exibição do goleiro espanhol.

Mourinho: "Passamos, mas perdemos"
Em entrevista após o jogo, Mourinho disse, em francês, que apesar da vitória no placar e da classificação, seu time tinha perdido a partida, jogando muito mal. De fato, apesar do bom começo de jogo e do período logo após a expulsão, o Manchester foi mais organizado e perigoso que o Real. A decisão da expulsão gerou muita polêmica e decidiu fatalmente o destino do jogo, que era tão equilibrado. Ferguson poderia ter esperado melhor sorte com sua estratégia, ainda que se discuta a decisão de ter deixado Kagawa e Rooney no banco.





sábado, 2 de março de 2013

Análise do Jogo - Real Madrid 2 x 1 Barcelona - La Liga


  • Aquecimento
  • No Superclássico menos importante dos últimos tempos, os técnicos colocaram em campo dois times mudados, mas por motivos diferentes. Enquanto José Mourinho optou por poupar jogadores chave para o confronto contra o Manchester United pela Liga dos Campeões, o Barcelona de Jordi Roura experimentou diferentes jogadores para tentar solucionar os recentes problemas da equipe, notadamente a falta de profundidade de jogo.

Real veio para o jogo com Pepe no meio-campo, Sergio Ramos na zaga esquerda e Essien na lateral direita. O resto do time foi completamente diferente do que eliminou o Barça da Copa do Rei. Modric e Kaká completaram o meio-campo, e os jovens Morata e Callejon acompanharam Benzema no ataque. O Barcelona, por sua vez, teve Mascherano fazendo dupla com Piqué na zaga; a volta de Victor Valdés - que não joga na Copa do Rei; a entrada de Thiago Alcantâra no lugar de Xavi, machucado e dúvida para o jogo da volta contra o Milan e ainda a entrada de David Villa no lugar de Fábregas, esse último a grande aposta tática para mudar o momento do time. Uma das grandes criticas nos dois jogos que o Barça perdeu - contra o Milan e contra o Real - era que o movimento e o posicionamento de Fábregas e Iniesta pelo lado esquerdo estavam causando mais indefinição no próprio time que nos adversários.

Real sai na frente, sofre o empate, mas o Barcelona não apresenta melhoras
Com seis minutos de jogo, Karim Benzema abriu o placar para o Real, o que fez com que o time da capital se fechasse na defesa e se concentrasse puramente nos contra-ataques. O Barcelona não tardou a impor seu jogo de posse de bola. Busquets recuava e liberava os dois laterais para o ataque, que eram marcados de perto pelos pontas Morata e Callejon. Daniel Alves atacava com mais liberdade pelo lado direito, mas Jordi Alba também aproveitava a nova configuração da equipe para oferecer mais abertura pelo lado esquerdo. David Villa se posicionava na ponta esquerda, esperando o passe certo de Messi, para puxar pro meio e fazer o gol.

O gol de empate saiu em bola enfiada por Daniel Alves, quase na meia-direita. O ala colocou a bola entre Coentrão e Sergio Ramos, a qual Messi recebeu, driblou Sergio Ramos e bateu no contra pé de Diego Lopez. Lance para lembrar a todos o potencial incrivel que tem o time catalão. Entretanto, a posse de bola de 73% do Barcelona no primeiro tempo não resultou em mais do que 3 chutes. Messi era vigiado de perto por Ramos, quando este estava na zona de ataque, e por Pepe, quando vinha para o meio-campo. Kaka não fez boa partida ofensivamente, mas participou ativamente e com disciplina pelo lado esquerdo do meio-campo, ajudando a marcar Thiago Alcantâra. Ao fim do primeiro tempo, a situação do Barcelona não parecia boa, com pouquissímas, se alguma, melhoras no desempenho em relação as suas atuações recentes.

Cristiano Ronaldo entra e esfria o momento do Barça

No segundo tempo, o Barcelona veio mais involvente, Messi começou a se movimentar entre as linhas e receber com espaço para criar boas jogadas. Parecia que o Barça caminhava para a reablitação. Assim que percebeu a mudança de atitude do adversário, Mourinho colocou Cristiano Ronaldo e Khedira em campo, no lugar de Kaká e Benzema. O time do Real saiu do 4-2-3-1 para o 4-3-3, com o português indo jogar como o centro-avante e Khedira ajudando a recuperar o meio campo, batendo com Iniesta. Modric começou a marcar atentivamente a saída com Busquets,

Uma movimentação interessante acontecia quando Messi se posicionava como camisa 10. Pepe grudava no argentino, Khedira em Iniesta, e Modric em Busquets, sobrando Thiago. Morata, afunilava para marcá-lo, deixando Alves livre. Mas era um risco calculado, já que Cristiano Ronaldo estava esperando os espaços deixados pelo lateral direito para puxar contra-ataques.

O gol da vitória ocorreu após o as alterações de Mourinho, que equilibraram o jogo e mais uma vez fizeram parecer que o Barcelona era só mais outro time comum. Escanteio batido por Luka Modric, e que o capitão do Real Madrid, Sergio Ramos, cabeceou para vencer Victor Valdés.

Desafios a frente
Barcelona mais uma vez se mostrou inefetivo, mesmo com todas as alterações e alternativas, que não são poucas. No fim do jogo, o Barcelona jogou com Messi, Tello, Villa, e Pedro, mostrando a intenção de ser mais presente no último terço do campo. Ainda foi notável como os jogadores começaram a ficar nervosos com a situação, e só no segundo tempo, foram sete cartões amarelos, sem contar o que o goleiro catalão Valdés tomou após o apito final, por reclamação. Mesmo que o jogo não tenha sido importante a nível de campeonato, a importância de mostrar serviço após duas derrotas frustrantes ficou clara. Tarefa ingrata para o interino Jordi Roura de acalmar os ânimos, e trabalhar para encontrar e criar soluções para o momento atual da equipe blaugrana