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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Alemanha - Análise dos Favoritos - Eurocopa


A atual campeã do mundo esteve dormindo um pouco desde o título, mas deve retomar o ritmo competitivo, e se o mantiver, é com certeza um grande bicho-papão. Uma base campeã, que mistura jovens e veteranos, jogadores fortes fisicamente e habilidosos, rápidos e técnicos. Exceto pelas laterais, é o time mais completo e equilibrado do torneio.


Defesa

Manuel Neuer, Matts Hummels, Jerome Boateng e Benedikt Howedes estiveram no Brasil e estão na França. Da defesa titular, apenas Philip Lahm não estará presente, já que se aposentou da seleção alemã. No lugar dele, entrou Jonas Hector, um jovem - e quase desconhecido lateral-esquerdo que foi o único jogador alemão a disputar todos os minutos das nove partidas da Alemanha em 2015. Com a entrada dele no time, Howedes passou para a lateral-direita, mas é zagueiro de origem.

A essa base somam-se: Shkodran Mustafi, zagueiro do Valencia que é o primeiro reserva, e deve jogar enquanto Hummels estiver machuado; Jonathan Tah, zagueiro do Leverkusen e Joshua Kimmich, meia que passou boa parte da temporada na zaga do Bayern de Munique, obra de Pep Guardiola. Com isso, apenas um lateral de ofício integra a equipe alemã. Neuer tem a sombra de Ter-Stegen, campeão mundial com o Barcelona, e Bernd Leno, outro jovem goleiro do Leverkusen.

Meio-campo

O trio Kroos, Khedira e Schweinsteiger, titular da Copa também está de volta. Entretanto, com uma temporada abaixo da média no Manchester United, Schweinsteiger não é mais titular. Ao invés disso, a dupla KK forma uma dupla no meio alemão. Kroos é o cérebro do time, e consegue controlar partidas com sua habilidade de passe. A equipe ainda tem Emre Can, do Liverpool, um meia que também pode jogar como zagueiro e Julian Weigl, jovem volante do Borussia Dortmund.

Ataque

Uma das caracteristícas do time alemão é a quantidade jogadores que podem render bem tanto como meias-centrais, atacantes, ou pontas. Muller, Ozil, Gotze e Draxler se encaixam nessa descrição. Todos são muito bons no drible, no passe e na finalização, cada um com sua especialidade. Tem ainda Andre Schürle e Mario Gomez, um ponta e um centroavante clássicos, respectivamente. 

Estilo de Jogo



Na Copa do Mundo, a Alemanha jogou em um 4-3-3, aproveitando a qualidade dos passes de Kroos e Schweinsteiger, e a energia de Khedira. Por isso, Ozil passou aquele torneio todo jogando na ponta-esquerda, algo que ele consegue fazer, mas não é o seu forte. Dessa vez, com Schweinsteiger no banco, Ozil retorna a sua posição como armador central do time. O interessante da forma como ele interpreta essa posição é que ele não gosta de permanecer na região central. Ao invés disso, ele flutua para os lados, criando dobradinhas com os pontas que sobrecarregam os adversários. Isso abre espaço para as subidas de Khedira pelo meio. 

No 4-2-3-1 alemão, o time fica mais direto, com mais ameaças diretas ao gol adversário. Gotze é um falso nove, e suas saídas da área devem ser sincronizadas com o elemento surpresa de Thomas Muller, que joga em todas as posições do ataque, e sempre marca muitos gols devido ao seu posicionamento inteligente e senso de oportunidade. Contra defesas mais fechadas, caberá a Kroos ditar o ritmo da partida. O meio-campista do Real Madrid é um dos melhores passadores do mundo.

A linha de defesa da alemanha sempre joga muito avançada, de forma a apertar o adversário no seu campo, e aproximar todos os jogadores do time, facilitando o passe. Os oponentes podem tentar lançamentos longos para atacantes de velocidade para curto-circuitar a defesa alta, mas encontrarão o melhor goleiro-líbero da atualidade em Manuel Neuer, capaz de jogar como um zagueiro extra fora da grande área.


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