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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Itália 2 x 0 Espanha - Oitavas-de-final - Eurocopa 2016

Escalações

Antonio Conte continou com seu time base no 3-5-2. Nas alas, optou por Florenzi - direita - e De Sciglio na esquerda. A Espanha também teve força máxima, com De Gea o novo titular absoluto no gol. 

Espanha pressiona errado.

Logo nos minutos iniciais, ficou claro que a Itália tinha alguma vantagem estratégica sobre a Espanha. Mesmo antes do gol de Chiellini, o time azul tinha chegado com perigo algumas vezes. O problema é que a Espanha não conseguiu acertar a pressão na saída de bola dos italianos. Os seus três atacantes tentavam pressionar os três zagueiros italianos, mas os dois alas recuavam para ajudar, facilmente contornando a pressão. Os laterais espanhóis hesitavam em avançar tanto para pressionar, e quando o faziam, facilitavam a vida dos dois atacantes, abrindo espaço para Éder e Giaccherini aproveitarem.

Enquanto isso, a Itália pressionava muito bem a saída da Espanha, o que forçou o goleiro De Gea a dar muito mais chutões do que Buffon. A Itália avançava seus alas e marcava os quatro jogadores da defesa da Espanha. Apesar de parecer que os três zagueiros ficavam sós com os três atacantes espanhóis, isso raramente ocorria, porque a Espanha não usa transições rápidas, preferindo trocas de passes mais elaboradas, o que dava tempo da Itália se recompor.

O sucesso da estratégia italiano é evidenciado na figura a seguir. Nela, é possível perceber que a Itália tinha mais passes do que a Espanha - famosa pelo toque de bola - até o momento do gol. Além disso, A Itália conseguia sair jogando na defesa, devido a Espanha não sabendo pressionar. Enquanto isso, a Espanha recorria aos chutões, pois a Itália marcava bem a saída.


Itália anula Busquets.

Outra parte importante do plano da Itália era anular Busquets. O "volante" é um jogador chave no time da Espanha, bem como no Barcelona. A partir da sua posição mais recuada no meio-campo, ele inicia e distribui as jogadas, ditando o ritmo de jogo. A Itália usava a dupla Pellè e Eder para marcá-lo quando a Espanha tinha a posse, de forma que ele pouco pôde contribuir, se tornando um dos jogadores que menos tocou na bola na primeira etapa.

Comparando os passes no primeiro tempo de Busquets e De Rossi, o volante-armador da Itália, a constatação de que Busquets foi anulado fica clara.



Pellè aproveita espaço entre as linhas.

O atacante italiano foi um dos destaques do jogo. Sua atuação foi de uma referência clássica. Soube se impor fisicamente, fazer o pivô, e também sair da área para receber a bola, atrair a marcação e abrir espaços para os companheiros. Frequentemente no primeiro tempo, os três homens de meio-campo da Espanha avançavam para tentar pressionar a Itália, deixando espaço entre as linhas. Sem um camisa 10 clássico, coube a Pellè se aproveitar desse espaço, servindo como a referências para passes a partir da defesa italiana.

O jogo de Pellè foi bem complementado pelo brasileiro Éder. Mais rápido, o brasileiro aproveitava as brechas na defesa criada pelo companheiro, se movimentando bem entre os zagueiros e laterais. Eder e Pellè muitas vezes forçavam para ocupar os dois zagueiros espanhóis, de forma a matar a sobra adversária. Perceba no gráfico abaixo como Pellè geralmente recebia a bola na zona a frente da defesa da Espanha, e prosseguia a jogada abrindo a bola na lateral, com as subidas dos alas.


Itália confortável em diferentes situações.

Com a vantagem no placar, era natural que a Espanha viesse pra cima, ainda mais com o cansaço natural da pressão italiana. De fato, o segundo tempo viu o domínio espanhol na posse de bola, como era esperado. Entretanto, a Itália não tem problemas em recuar suas linhas e se defender com uma linha de cinco. O grande mérito do time italiano foi ter a capacidade de atuar com e sem a bola. Contando com os melhores zagueiros do mundo nesse estilo de jogo, a Itália suportou a pressão espanhola muito bem.

Em contraste, a Espanha só soube jogar com a bola. Isso a tornou prevísivel, pois Conte sabia que eles não recuariam as linhas, e se a Itália tentasse sair jogando, eles teriam de correr atrás. A pressão errada da Espanha permite supor que eles nem imaginariam que a Itália tentaria competir na posse de bola, que começariam na forma ultra-defensiva, mas não foi isso que a Itália fez. A Itália forçou a Espanha a sair da sua zona de conforto, enquanto ela própria soube jogar bem mesmo em situações diferentes.

Espanha sofre com atacantes

A espanha começou o jogo com Nolito e Morata, sua dupla titular até aqui no torneio. Ambos não conseguiram produzir muito na frente, facilmente marcados pelos italiano e também não foram capazes de atrapalhar a saída de bola italiano. No intervalo, Del Bosque colocou Aduriz no lugar de Nolito, com Morata indo pra ponta. Depois, Morata deu lugar a Lucas Vasquez, que veio jogar aberto pela direita, para tentar esticar o time italiano de forma que os outros atacantes não conseguiram. Por último, Aduriz saiu machucado para Pedro entrar. É emblemático que Del Bosque tenha usado todos os seus 5 atacantes no jogo, sem que nenhum fosse capaz de causar grande impacto. Certamente, os atacantes espanhóis destoam do resto do time

Conclusão

A Espanha, uma das maiores influências futebolísticas da última década, foi eliminada do seu segundo grande torneio, depois de ter vencido três em sequência. Com isso, pode-se declarar o fim da sua hegemonia. O seu legado é muito grande, não só fomentou o futebol de controle via posse de bola, como também as estratégias de contenção.

Parte do declínio espanhol se dá as estratégias encontradas pelos adversários, que tiveram de reinventar também as formas de defender. Outra parte se dá pela aposentadoria de Xavi, que era o arquétipo de meio-campista necessário para o estilo de jogo espanhol. Agora, seu legado permanece em outras seleções, notadamente com Kroos na Alemanha.

Como foi dito na prévia dos favoritos, a Espanha tenta manter um estilo de jogo que já sofreu muitas modificações em seus clubes. O tiki-taka puro da seleção espanhola precisa aprender um pouco com o jogo de contra-ataque e pressão do Atlético de Madrid, do Real e mesmo do atual Barcelona. Sem Xavi, o tiki-taka dificilmente será executado com a mesma perfeição novamente. É por isso que a Alemanha parece cada vez  ser a próxima hegemonia, com o tiki-taka de Guardiola mesclado com a pressão de Klopp. 

terça-feira, 28 de junho de 2016

Argentina 0 x 0 Chile - Final da Copa América 2016



Escalações

Em relação ao jogo contra a Colômbia, Vidal e Diaz voltaram ao time depois de cumprirem suspensão. Pizzi novamente optou por escalar Isla na lateral-direita e Fuenzalida pela meia-direita. O resto do time foi o esperado.

O técnico Gerardo Martino pôde escalar pela primeira vez o time considerado ideal, com Messi e Di Maria jogando juntos. No meio, Biglia ganhou a vaga de Augusto Fernandez.

Expulsões

Uma característica dos dois times é a intensidade. Ambos são adeptos da marcação avançada e com pressão. Os chilenos construíram essa característica a partir do tempo em que foram treinados por Marcelo Bielsa. Vidal e Aranguiz são dois meio-campistas que unem técnica e energia necessária para realizar muito bem esse tipo de jogo. A eficiência na pressão explica a goleada de 7 a 0 no México.

A Argentina desenvolveu essa capacidade de pressionar mais recentemente, mas agora é uma de suas características. Esse tipo de jogo é fadado a ter muito contato. Aliado a presença de  um juiz brasileiro, era certo que a distribuição de cartões iria começar cedo.

De fato, dois jogadores foram expulsos no primeiro tempo. Isso alterou a dinâmica do jogo, aumentando os espaços. O volante chileno Diaz recebeu dois amarelos por faltas em Messi, e, num claro movimento de compensação, o lateral argentino Rojo foi expulso. Não é que, individualmente, esses jogadores não mereceram ser expulso. Mas o árbitro Héber Roberto Lopes não soube gerenciar o jogo, marcando faltas demais, o que resultou em jogadores com ânimos acirrados e buscando ainda mais o contato. Messi e Vidal souberam se aproveitar disso para causar as expulsões.

Sem Rojo, Mascherano virou zagueiro e Funes Mori o lateral-esquerdo do time. No Chile, Aranguiz e Vidal dividiram as funções de Diaz.


Chile corajoso e Argentina pragmática.

O Chile começou bastante proativo, tocando a bola desde o goleiro Bravo. A Argentina pressionava, mas o Chile não se precipitava, rodando a bola na defesa até encontrar o espaço para avançar. A frieza chilena sob pressão foi impressionante, e refletia uma equipe muito bem treinada.

O problema do Chile era só um: A capacidade de Messi desequilibrar. Apesar do Chile ter a bola na maior parte do tempo, as poucas vezes que a Argentina recuperava-a, Messi tinha espaço para correr com a bola, criando chances de gol. Foi assim que Diaz acabou expulso, por dois cartões amarelos em faltas em Messi. Mesmo com a bola, o Chile não conseguiu chutar no primeiro tempo, enquanto a Argentina chegou seis vezes.

Depois das expulsões, a dinâmica do jogo mudou um pouco. O Chile foi ainda mais paciente com a bola, tocando-a na defesa mesmo sob a pressão argentina, o que fez os atacantes argentinos cansarem. Gerardo trocou Di Maria, que não estava 100%, por Kranevitter, reforçando o meio-campo, que havia perdido Mascherano para a zaga. Com esse movimento, a Argentina ficou ainda mais dependente de Messi, e portanto, mais prevísivel. Higuain também cansou, sendo substituído por Aguero. Messi passou a ser o homem mais avançado do time, como falso nove, com Aguero fechando a linha de quatro no momento defensivo, e se tornando um atacante no momento ofensivo.

O jogo prosseguiu sem gols, com o Chile envolvendo a Argentina, mas sofrendo com os poucos momentos em que Messi encontrava a bola. A Argentina foi bem defensivamente - reflexo dos três zagueiros e três volantes, mas o Chile impressionou pelo toque de bola e confiança no seu estilo de jogo proativo.


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domingo, 26 de junho de 2016

Croácia 0 x 1 Portugal - Oitavas-de-Final - Euro 2016

Nani e Ronaldo escalados como dupla de atacantes. Os quatro homens de meio-campo de Portugal focaram em marcar a Croácia. Adrien Silva avançava para pressionar Modric, impedindo-o de criar com liberdade.


Escalações

O técnico Fernando Santos mudou várias coisas em relação ao time-base  de Portugal. Cedric ganhou a vaga de Vierinha na lateral-direita, enquanto o zagueiro José Fonte jogou ao lado de Pepe. No meio, Adrien Silva substituiu João Moutinho, enquanto João Mário foi o escolhido pela ponta-direta, com Ricardo Quaresma no banco.

A Croácia começou com seus nomes mais conhecidos em campo. Modric e Rakitic jogaram no meio-campo ao lado de Milan Badelj. Mandzukic, ex-Atletico de Madrid e Bayern e atual centroavante da Juventus começou na frente acompanhado de Perisic, autor do gol da vitória contra a Espanha e Brozovic. Atrás, Corluka teve a companhia de Vida, com o capitão Srna na lateral direita e Strinic na esquerda.

Meio-Campo Funcional de Portugal


Ao contrário da época em que tinha Deco e Figo, ou mesmo Moutinho, dessa vez Portugal jogou com um meio-campo muito funcional. Provavelmente o técnico Fernanod Santos decidiu que não conseguiria disputar a posse de bola com o talentoso meio-campo croata, e adotou uma postura bastante pragmática.


Os pontas João Mário e André Gomes tinha principalmente responsabilidade defensivas. Além de acompanhar os laterais adversários. eles compactavam lateralmente para criar superioridade numérica e atrapalhar as linhas de passe croatas. O objetivo é que Nani e Ronaldo ficassem livre para usar sua velocidade contra os lentos zagueiros croatas.

Adrien Silva foi preferido no lugar de João Moutinho, um jogador mais criativo. Silva foi encarregado de pressionar Luka Modric, impedindo-o de sair tocando. Ele muitas vezes perseguiu Modric em posições bem avançadas. Ás vezes fazia falta, outras vezes conseguia recuperar a bola em boas posições para iniciar contra-ataques.


Croácia tem a posse de bola, mas não leva perigo.



Ciente do perigo do contra-ataque português, a Croácia foi muito cautelosa com a bola. A marcação de Adrien Silva forçou Modric a recuar bastante para iniciar as jogadas, o que fez com que a Croácia perdesse muito ofensivamente. Acabou concentrando a posse em zonas defensivas, com poucas penetração. O jogo acabou sem nenhum chute na direção do gol nos 90 minutos.


Rakitic, que joga na meia-direita no Barcelona, foi escalado como camisa 10, jogando mais avançado que o habitual. Como a bola não chegava, ele começou a buscar mais o jogo. Essa movimentação causou alguns problemas para os portugueses, que tiveram de recorrer a falta para pará-lo. Por isso, ele acabou terminando o primeiro tempo com 5 faltas sofridas, o maior de todos em campo. 

Renato Sanches

Logo no início do segundo tempo, Fernando Santos tirou André Gomes e colocou a jovem revelação Renato Sanches. Com isso, Portugal se restruturou em um 4-3-3, com Ronaldo se tornando o centroavante e Nani jogando na ponta-direita. Sanches causou um impacto imediatamente, tabelando com José Mário e conseguindo um chute a gol. Depois de concentrar em segurar a Croácia no primeiro tempo, Portugal agora buscava ter mais qualidade para buscar o gol, introduzindo um elemento criativo no meio-campo que não havia antes. Também funcionou para encaixar de vez a marcação nos dois times.

No segundo tempo, o padrão se repetiu. A Croácia teve a bola, e até criou um pouco mais, mas Portugal negava o espaço nas áreas mais perigosas, forçando os croatas a buscarem o jogo pelas laterais. Rakitic continuava sem espaço para jogar, terminando com menos passes no terço final do que Luka Modric, que jogou mais recuado e foi mais efetivo em encontrar companheiros com espaço. O jogador mais perigoso da Croácia foi Perisic, que terminou o jogo com sete chutes, apesar de nenhum ter ido na direção certa.


Prorrogação


Para a prorrogação, ambos os técnicos fizeram alterações buscando aumentar o poder ofensivo. Kalinic substituiu Mandzukic, que jogou sem estar 100%. Kalinic foi bem no jogo da Espanha, mas acabou perdendo a vaga para esse jogo. Santos trocou José Mário - que teve um forte papel defensivo - por Ricardo Quaresma, um habilidoso ponta. Também acabou trocando o esgotado Adrien Silva, que passou o jogo todo como sombra de Modric, por Danilo, um volante. Com isso, William e Danilo ficaram na proteção da defesa, com Renato Sanches tendo um pouco mais de liberdade.

Portugal no 4-3-3 para encaixar bem a marcação na Croácia. Renato Sanches um elemento de criatividade.
A prorrogação foi muito mais emocionante que o tempo regulamentar, pois a Croácia decidiu arriscar mais. Ironicamente, isso também ajudou Portugal, que teve mais espaço para a velocidade de seus atacantes. No mesmo lance, a Croácia conseguiu uma bola na trave de Portugal, mas Cristiano Ronaldo recuperou a bola na defesa, e acionou Sanches. A jogada teve a participação dos quatro homens mais ofensivos de Portugal, com Quaresma fazendo o gol. Com 5 minutos para o fim da partida, era o fim da linha para a Croácia.

Conclusão

Portugal começou com uma estratégia bem pragmática, focado em negar tempo e espaço para Croácia em áreas perigosas, o que a forçou a ter a bola na defesa, com Modric jogando entre os zagueiros muitas vezes, empurrado para trás por Adrien Silva. Não foi uma atuação de total controle, e a Croácia teve suas chances, mas nenhuma delas foi clara. Na prorrogação, a Croácia se lançou ao ataque, e poderia ter conseguido seu gol. Portugal teve sorte, e soube aproveitar os espaços deixados pelo adversário. 

A qualidade do jogo foi abaixo da média, principalmente devido ao medo de ambos os times. Portugal tinha medo da qualidade técnica do meio-campo da Croácia, e colocou quatro jogadores no meio-campo com a principal função de atrapalhar o toque de bola croata. Já a Croácia teve medo da velocidade de Ronaldo e Nani, e por isso foi muito cautelosa com a bola, evitando jogadas mais arriscadas. Apenas na prorrogação essa situação mudou, e por isso saiu o gol. 


sexta-feira, 24 de junho de 2016

Colômbia 0 x 2 Chile - Intervalo da Semifinal - Copa América


Em jogo interrompido pelo clima, o Chile começa muito bem, de novo aplicando seu pressing inicial, ainda que comprometido pelas ausências de Vidal e Diaz no meio-campo. Pekerman erra ao escalar James pela esquerda, mas corrige o erro depois dos gols. O jogo chega ao intervalo com a Colômbia pressionando, mas o Chile em vantagem com 2 a 0 no placar.

Fuenzalida e Alexis Sanchez

No jogo contra o México, Fuenzalida foi escalado como lateral direito. Com o retorno do titular Isla, o técnico Pizzi optou por manter Fuenzalida no time, escalando-o pela ponta direita. Assim como Puch no jogo anterior, Pizzi escolheu alguém capaz de fazer o balanço defensivo por aquele lado, dando mais liberdade para Alexis Sanchez, jogando pela esquerda. A escolha acabou se mostrando acertada na parte ofensiva também. James Rodriguez começou o jogo na ponta-esquerda, e não voltava para marcar. Com isso, Isla e Fuenzalida dobravam para cima do lateral esquerdo Fabras. Por ali, o Chile levou muito perigo, e conseguiu seu primeiro gol.

James escalado pela esquerda proporcionou ao Chile muito espaço pela direita. Sanchez é um ponta-esquerda com mais liberdade. Fuenzalida faz todo o corredor pelo lado direito, que foi o forte chileno.

Enquanto Fuenzalida tinha um claro papel defensivo pelo lado direito, Alexis Sanchez é um ponta-esquerda que gosta de flutua no corredor entre o lateral e o zagueiro adversário, se tornando um segundo atacante de fato. Pizzi deu toda a liberdade para Sanchez desempenhar esse papel pelo lado esquerdo. Hernandez, e depois Pulgar, tinham a responsabilidade de cobrir o lado esquerdo. Essa liberdade se pagou no segundo gol, em que Bravo procura Sanchez no lançamento, e ele é capaz de receber a bola e chutar a gol. No rebote, Fuenzalida apareceu livre para completar pro gol.

Aranguiz

Com as ausências de Vidal e Diaz, Aranguiz assumiu o papel de protagonista no meio-campo chileno. Nos vinte minutos iniciais, foi possível perceber sua presença em todas as partes do campo. Ele é muito bom no pressing, e capaz de ir de uma área a outra rapidamente. No primeiro gol, ele aparece na área como elemento surpresa, mas ele é ainda mais importante pelo seu papel liderando o pressing chileno. Depois dos dois gols, Aranguiz - e o time todo - se tornou mais cauteloso, preferindo permanecer compacto e negar espaço a James entre as linhas. 

James Rodriguez

O técnico Pekerman escolheu escalar James Rodriguez. Logo ficou claro que, por ali, o craque colombiano era uma fragilidade defensiva que o Chile estava sabendo explorar, com os avanços de Isla. Pekerman então trocou o posicionamento de James e Cardona. Cardona passou a jogar na esquerda, acompanhando Isla. James passou a buscar mais as combinações com Cuadrado pelo lado esquerdo, e a Colômbia cresceu no jogo. O novo posicionamento de James fez com que o Chile recuasse suas linhas no meio campo, congestionando o espaço e apostando em saídas rápidas com Sanchez. A pressão colombiana não resultou em gols, e o Chile manteve sua vantagem até o intervalo. 

Depois dos gols, Colômbia muda. James vem para o meio, buscando combinar com Cuadrado. Cardona passa a acompanhar Isla. O meio-campo chileno se compacta para negar espaços pelo meio, sem o pressing inicial.

domingo, 19 de junho de 2016

México 0 vs 7 Chile - Quartas-de-final - Copa América


Escalações

Juan Carlos Osorio usou três formações diferentes em três jogos, inclusive usando três goleiros diferentes. Para esse jogo, optou por deixar Rafa Marquez no banco, com Aguilar entrando na lateral e Duenas como primeiro volante no lugar de Reyes. Na ponta-direita, Lozano foi titular no lugar de Aquino. No gol, Osorio escolheu Ochoa.

Em relação ao time que enfrentou a Argentina, o Chile tinha problemas nas duas laterais. Por isso, Beausejour começou na lateral esquerda, com Fuenzalida jogando na direita. No ataque, Puch foi escalado ao lado de Vargas e Alexis Sanchez. O resto do time foi como esperado.


Pressing e Lançamentos

O início do jogo foi marcado pela intensa pressão na saída de bola adversária. O Chile sabe que o México gosta de sair tocando, e usa muito seus zagueiros para construir o jogo. O México fez o mesmo. A grande diferença foi que o Chile foi capaz de fazer o pressing com muito mais coesão como time, e com mais intensidade. Já o México se dividia em dois blocos na hora de pressionar, deixando espaços entre eles que o Chile conseguia explorar.


Com os dois times pressionando alto, os times procuraram contornar a pressão com lançamentos longos. O Chile usou esse método, e encontrou espaço tanto entre as linhas de defesa e ataque mexicanas, quanto atrás da linha de defesa. Por isso, foi muito mais perigoso. O primeiro gol saiu depois de um lançamento de Medel, em que vários jogadores chilenos entraram na área adversária, mas os jogadores mexicanos demoraram demais a recompor a defesa.

O México não soube usar seus lançamentos. Quando deveria usá-los, preferia sair tocando, mesmo quando o Chile era claramente muito forte na pressão. Só fez os lançamentos quando já hávia furada a pressão, e quando podia tocar livremente, preferia lançar. Ou seja, fez as escolhas erradas.

Chile inteligente

Depois do gol, o Chile foi mais inteligente e economizou um pouco no pressing. Contando com o avanço mexicano em busca do gol de empate, recuou um pouco mais, alternando contra-ataques com uma pressão mais esporádica.

O México conseguiu tocar mais a bola, mas foi bem bloqueada. Concentrou seus avanços pelo lado esquerdo, que tinha Layun improvisado na lateral. Entretanto, Puch foi escalado por ali para conter seus avanços, muitas vezes recuando como lateral, ajudando a anular as forças pelas pontas do México. Do outro lado, Aguilar era mais contido, vigiando Sanchez. Isso deixava o time mexicano vazio pelo lado direito, com Lozano isolado, sem apoio.

Na volta do intervalo, Osorio mudou dois jogadores, mas antes que as alterações pudessem fazer qualquer coisa, a pressão chilena conseguiu mais dois gols, efetivamente encerrando a disputa. Com o time mexicano entregue, o Chile terminou o jogo com sete gols.


Conclusão

Jurgen Klopp disse: "O melhor armador do mundo é a pressão". Esse conceito ficou bem claro nesse jogo. Foi um massacre, mas não foi um caso em que o Chile teve a bola o tempo todo e por isso foi muito superior. O que ocorreu foi que o Chile, com muita intensidade - característica do seu jogo desde Marcelo Bielsa - foi capaz de sobrecarregar o time adversário, roubando a bola no ataque, e criando muitas chances dessa forma.

A sensação que ficou é que o México, que tinha mostrado um bom futebol até aqui, não entendeu a diferença de nível entre a fase de grupos e as quartas-de-final. Acostumado em ter tranquilidade para sair jogando com os zagueiros, foi pego de surpresa, e antes que pudesse reagir, o estrago já tinha sido feito.

Essa é a lição a se tirar desse jogo. É preciso entender que a pressão e as linhas avançadas fazem parte do jogo atual. O Chile muitas vezes tinha zagueiros na linha de meio-campo, pois na hora da pressão, é preciso que o time todo acompanhe. Isso não o torna frágil defensivamente, porque o retorno é muito maior que o risco, quando a estratégia é bem executada. Além disso, o time joga no erro do adversário, mas faz mais do que isso, forçando esse erro. Não entender isso pode ser desastroso, como Osorio aprendeu.

O técnico do México estava invicto no comando da seleção. Apesar de ter bons conceitos de futebol, buscando sempre ter a bola para propor o jogo, tomou um baile. Não é caso para demissão, mas de aprender bastante com esse jogo. Não pode ser tão ingênuo quanto foi nesse jogo.

sábado, 18 de junho de 2016

Portugal - Análise dos Favoritos - Eurocopa 2016

A Seleção Portuguesa tem o maior talento individual do torneio, mas Cristiano Ronaldo não tem bastado para conseguir títulos. O time é claramente montado para dar ao craque português todas as condições para desenvolver seu melhor futebol. Infelizmente, a impressão de que ele não tem jogadores à altura é muito forte.


Defesa

O goleiro titular é Rui Patricio, do Sporting. Tem 28 anos mas já acumula uma boa rodagem na seleção. Seus reservas são Anthony Lopes, do Lyon, e o veterano Eduardo, do Dinamo Zagreb.

Na zaga, Pepe e Ricardo Carvalho formam uma dupla de zaga com bastante bagagem e experiência. O zagueiro do Real Madrid tem uma fama de violento, mas é um bom zagueiro e vem melhorando nos últimos anos. Carvalho já passou do seu auge, mas já foi um dos melhores zagueiros do mundo e consegue controlar bem a linha de defesa. Os dois reservas são Bruno Alves, que já foi titular desse time, e José Fontes. Dois zagueiros bem veteranos, na fase final de suas carreiras.

Na lateral-direita, Vierinha é o titular. No seu clube, Wolfsburg, ele joga como ponta-direita, mas assumiu a lateral na seleção. Seu reserva é Cedric Soares, do Southampton. Na esquerda, o titular é Raphael Guerreiro, com Eliseu na reserva. 

Meio-campo

Nesse setor, Portugal não tem nenhum jogador de renome. O mais próximo disso é João Moutinho, que foi campeão da Europa League em 2012 pelo Porto e hoje joga pelo Monaco. Seu estilo é semelhante ao de Deco, mas nunca atingiu o mesmo nível de qualidade. Ao lado de Moutinho, joga William Carvalho, um volante mais marcador, responsável por cobrir seus companheiros. 

Fernando Santos também usa regularmente André Gomes e João Mário, dois jovens meio-campistas, do Valencia e Sporting, respectivamente. Outras opções são Danilo Pereira, Rafa Silva e Adrien Silva. Por último, o jovem Renato Sanches, de apenas 18 anos. Recém-comprado pelo Bayern de Munique, Renato pode se tornar o jogador português mais novo a jogar uma partida em fase final de Eurocopa.

Ataque

No ataque, Portugal tem alguns nomes muito bons, principalmente na forma de atacantes pelas pontas. Além do óbvio Cristiano Ronaldo, somam-se a ele Nani, que foi seu companheiro no Manchester United, e Ricardo Quaresma. A grande deficiência é no comando de ataque, no qual tem apenas Éder. Por isso, muitas vezes Portugal joga sem um centroavante, com Ronaldo fazendo dupla função.

Estilo de Jogo


O esquema português é montado para favorecer sua grande estrela, Cristiano Ronaldo. Nesse estágio da carreira, ele mais um segundo atacante do que um ponta completo. Por isso, é preciso que alguém faça o seu trabalho defensivo. Na seleção, André Gomes é quem faz esse papel, abrindo pela esquerda no momento defensivo. O time todo se movimenta bastante, constantemente trocando posições no ataque. Nani é escalado no centro do ataque, mas naturalmente cai muito pelos lados. 

A vocação do time é primariamente ofensiva, e costuma tentar propor o jogo. Quando Portugaal encurrala o adversário no campo de defesa, Ronaldo se torna um centroavante clássico. Quando o time se defende, ele se posiciona como um ponta, pronto para lançar contra-ataques. 

Bélgica - Análise dos Favoritos - Eurocopa 2016

A Bélgica tem uma geração de jogadores excepcionais em todos os setores do campo que são destaques em seus clubes, mas ainda precisa se provar em grandes competições. O seu técnico tem muitas opções, mas não parece ter uma estratégia clara ainda. A Euro 2016 é a competição ideal para essa geração mostrar seu valor.

Defesa

O goleiro titular está entre os três melhores do mundo. Joga atualmente no Chelsea, onde foi campeão inglês, mas brilhou no Atlético de Madrid que foi vice-campeão europeu em 2014. Seu reserva imediato, Mignolet, é titular do Liverpool e foi vice da Europa League esse ano. O terceiro goleiro é o vetereano Gillet, de 37 anos. 

O grande problema da Bélgica é a ausência de laterais. Por isso, o técnico geralmente joga com zagueiros improvisados. A dupla Alderweireld e Vertonghen, que forma a dupla de zaga no Tottenham, é comumente usada nas laterais. Para esse torneio, devido a ausência de Kompany, Alderweireld jogará no meio, mas Vertonghen permanece como lateral esquerdo. Completa a zaga, Vermaelen, zagueiro de bom toque de bola que se destacou no Arsenal, foi comprado pelo Barcelona, mas teve muitas lesões que impediram sua sequência no time espanhol. Na lateral direita, o técnico Marc Wilmots parece ainda não ter se decidido quem será o titular. Por ali, ele costuma usar o zagueiro Laurent Ciman, ou o lateral direito Thomas Meunier, único especialista da posição. Completam ainda o time os zagueiros Jason Denayer e Christian Kabasele e o lateral-esquerdo Jordan Lukaku, irmão do atacante Romelu Lukaku.


Meio-Campo

No meio, a Bélgica tem pelo menos quatro jogadores de altíssimo nível para distribuir entre duas ou três posições, dependendo da formação escolhida. Fellaini, do Manchester United, é um volante com muita chegada na área, muitas vezes usado como um centroavante auxiliar devido sua altura e cabeceio. Axel Witsel é um meia técnico, ótimo passador e com boa distribuição de bola, e que também chega bem na área. Nainggolan é um meia que joga no futebol italiano, com bons chutes de fora da área, e uma característica um pouco mais batalhadora. Por último, Mousa Dembélé é outro jogador do Tottenham, que alia potência e técnica no drible. 


Ataque

As opções no ataque também são muito boas. Começando com o astro do time, Eden Hazard, campeão inglês com o Chelsea, e um dos melhores dribladores do futebol atual. Kevin De Bruyne (Manchester City) é outro pilar do time, capaz de jogar tanto pelos lados como também como ponta-de-lança. Os dois geralmente tem a companhia de Romelu Lukaku, centroavante forte e ágil do Everton.

A esses três somam-se ainda: Yannick Carrasco, jovem revelação do Atlético de Madrid que vem ganhando cada vez mais espaço no time belga, joga pelas pontas; Cristian Benteke e Divock Origi, são dois centroavantes do Liverpool que devem disputar uma vaga com Lukaku; Mertens, da Lazio, é um ponta direito clássico, e Michy Batshuayi é um jovem atacante do Olympique de Marselha, que deve apenas ganhar experiência nesse torneio.

Estilo de jogo


O técnico Wilmots geralmente joga em um 4-2-3-1. Os atacantes dribladores se sentem mais confortáveis a jogar no contra-ataque, entretanto, a seleção Belga muitas vezes tem de propor o jogo, enfrentando times recuados que negam espaço atrás da linha defensiva que possa ser explorada por Hazard e cia. Nesses casos, é comum ver a Bélgica tocar bem a bola e cercar o adversário, mas sem ameaçar completamente. Se, por outro lado, o time belga tiver o contra-ataque, ela se torna muito mais perigosa, e nesses casos Hazard é capaz de mostrar toda sua classe. A ausência de laterais de ofício torna ainda mais difícil a missão de quebrar defesas bem montadas, já que a ultrapassagem fica complicada, mesmo com bons centroavantes na equipe. Vertonghen ainda avança, cumprindo a sua função tática, mas não é a melhor solução. 

Itália - Análise das Favoritas - Eurocopa 2016


A Itália é a menos favorita das equipe tradicionais que disputam a Eurocopa. A lista de jogadores é composta basicamente por jogadores não-renomados, sem titulos de expressão fora da Itália. A questão é que essas são as condições que a Itália gosta de enfrentar. Seu técnico, Antonio Conte, é um dos mais inteligentes da competição, e sabe muito bem as limitações do seu time, e não tem vergonha de jogar o clássico jogo italiano de muita defesa. 

Defesa

Os jogadores de classe mundial da Itália estão todos nesse setor. Os titulares são todos da Juventus, que foi vice-campeã da Liga dos Campeões ano passado. Gianluigi Buffon, goleiro campeão mundial 10 anos atrás, é o titular no gol, tendo Sirigu e Marchetti como reservas. Barzagli, Bonnuci e Chiellini formam a zaga titular, trazendo para a seleção todo o entrosamento da Juventus. Há apenas um zagueiro de ofício na reserva, Angelo Ogbonna. Ele joga hoje no West Ham, mas jogou na Juventus também. 

Como o time joga com alas e não laterais, só se encontram dois laterais de ofício no plantel italiano. São eles, Matteo Darmian, do Manchester United e Mattia De Sciglio do Milan. Ambos são primariamente destros, mas tem rázoavel habilidade com o pé esquerdo, o que permite que sejam utilizados dos dois lados de campo.

Meio-campo

O jogador mais renomado do meio-campo da Itália é o primeiro-volante, Daniele De Rossi, um jogador forte, de bom passe, e que já jogou como zagueiro também. Thiago Motta, do PSG e ex-Barcelona, é seu reserva imediato. Os outros jogadores de meio-campo são jogadores voluntariosos e enérgeticos, capazes de jogar como alas e meias pelo lado, mais funcionais que talentosos. São eles: Antonio Candreva, da Lazio, usado mais como ala; Marco Parolo, usado como meia pela direita; Emanuele Giaccherini, que pode jogar na meia-esquerda ou na ala esquerda; e Stefano Sturato, jovem volante da Juventus, que só jogou uma partida pela Itália antes do começo do torneio.

Dois jogadores podem ser usados nas alas, mas são mais ofensivos, jogando regularmente como pontas em seus clubes: Alessandro Florenzi, jogador da Roma que disputou o prêmio Puskas do ano passado contra Messi e o brasileiro Wendell Lira; e Bernadeschi, jovem ponta da Fiorentina.

Ataque

O ataque da Itália tem alguns jogadores rápidos e habilidosos, mas nenhum grande destaque mundial. Os titulares são Graziano Pellè, atacante do Southampton, e o brasileiro naturalizado italiano Éder, que joga na Internazionale de Milão. Insigne, da Lazio e Immobile, do Torino e Zaza, do Juventus, são três atacantes medianos. Por último, Stephan El-Shaarawy é um jovem atacante conhecido como "Pequeno Faraó". Apesar de habilidoso, ele geralmente não é titular pois não participa tanto sem a bola. Será usado mais como opção para o segundo tempo.

Estilo de Jogo

Considerando a quantidade de pessoas no time italiano com envolvimento na Juventus pentacampeã da Itália, não é surpreendente que o time use a mesma formação do clube. Na verdade, foi Antonio Conte que implementou o atual esquema juventino, e que formou as bases do time, que hoje é treinado por Allegri. Por isso, Conte reaproveitou muito do trabalho já realizado no clube italiano ao assumir a seleção.

O esquema, na contramão da tendência atual, é um 3-5-2 que, em muitos momentos do jogo se torna um 5-3-2, com o recuo dos alas. Com isso, a Itália não tem medo do estereótipo de time defensivo, e é capaz de passar longos períodos do jogo recuada, bloqueando as chances do adversário. O trio do meio-campo se movimenta muito lateralmente para apertar o lado onde está a bola. O time também pode se tornar um 4-4-2 quando um ala pega o lateral adversário, e com isso o trio de zaga se move para cobrir o espaço, com o recuo do ala do lado oposto.

A rota do gol é direta. Geralmente os zagueiros têm espaço para fazer o lançamento para os atacantes, que devem procurar o gol imediatamente. Em especial, Bonucci e Barzagli são muito bons lançadores que sabem encontrar os atacantes em boas posições. A Itália também gera dificuldades na marcação adversária quando avança os dois alas, se posicionando em um 3-3-4. Nesse momento, o time adversário fica sem sobra.

A grande diferença desse time para a Juventus, ou mesmo a Itália de algum tempo atrás, é a ausência de Pirlo no meio-campo. Com ele, o time tinha um pensador, capaz de alternar inteligentemente entre passes curtos e longos. Sem ele, o meio-campo italiano fica muito mais funcional, confiando na disposição tática e energia de seus jogadores, mais do que na técnica propriamente.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Espanha - Análise dos Favoritos - Eurocopa

A Espanha é a atual bicampeã da Eurocopa, e venceu uma Copa do Mundo entre os dois títulos. Mas o time multicampeão sofre para se reencontrar, principalmente depois das aposentadorias de David Villa e Xavi. Qualidade o time tem, mas o melhor encaixe de suas peças ainda é uma incógnita.

Alemanha - Análise dos Favoritos - Eurocopa


A atual campeã do mundo esteve dormindo um pouco desde o título, mas deve retomar o ritmo competitivo, e se o mantiver, é com certeza um grande bicho-papão. Uma base campeã, que mistura jovens e veteranos, jogadores fortes fisicamente e habilidosos, rápidos e técnicos. Exceto pelas laterais, é o time mais completo e equilibrado do torneio.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

México 1 vs 1 Venezuela - Copa América 2016

Um jogo muito intenso, com um padrão tático bem definido de posse vs contra-ataque. México cria muito, mas Venezuela vende caro o empate. Juan Carlos Osorio perde o 100% a frente da seleção mexicana, mas mantém a invencibilidade e o primeiro lugar do grupo. Venezuela se classifica com muito mérito, com a esperança de que sua sorte nas Eliminatórias mude.

Brasil 0 x 1 Peru - Copa América 2016


De novo, o Brasil começa bem mas logo se torna previsível e cai muito em qualidade. Dunga não consegue criar alternativas, falhando na estratégia e na execução. Peru acaba fazendo gol ilegal, mas o importante é que o Brasil termina o torneio tendo feito gol apenas no Haiti.

domingo, 12 de junho de 2016

Eurocopa - Análise dos Favoritos - Inglaterra

Assim como a França, a Inglaterra tem uma jovem geração que começa a ser protagonista em seus clubes. Todos os jogadores jogam no campeonato nacional, o que geralmente é bom sinal em torneios entre nações.

sábado, 11 de junho de 2016

Eurocopa - Análise dos Favoritos - França

Os donos da casa são também os grandes favoritos da competição européia. O fator casa pesará bastante, mas mais importante que isso é o encaixe de jogadores protagonistas da última temporada, em uma formação que é bastante natural para todos os envolvidos.

Resumão Copa América

A Copa América está marcada pelo equílibrio. Algumas equipes consideradas favoritas mostraram muitas dificuldades para enfrentar times de menos tradição. Leia abaixo uma rápida análise do que aconteceu nas duas primeiras rodadas da competição.


segunda-feira, 6 de junho de 2016

México 3 x 1 Uruguai - Copa América 2016

No melhor jogo da Copa América, o México mostra uma formação diferente e empolga, mas fraqueja com um jogador a mais. A seleção Uruguaia mostra força pra igualar o jogo, mas perde no final. As duas seleções saem forte para o restante da competição.

domingo, 5 de junho de 2016

Brasil 0 x 0 Equador

Brasil começa bem  o jogo, contornando a pressão na saída do Equador, cria chances, mas peca na hora de concluir. No segundo tempo, não mantém intensidade, e o jogo piora muito. Um gol mal anulado do Equador salva a noite da Seleção e, principalmente, do goleiro Alisson.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Real Madrid 1 (5) x (3) 1 Atletico de Madrid

Pragmático, Real Madrid faz Atlético provar de seu próprio veneno: Um gol no ínicio e linhas recuadas, sem vergonha de abusar do contra-ataque. Atlético sofre sendo obrigado a propor o jogo, impedido de executar a estratégia que lhe levou a final. No segundo tempo, Simeone arrisca, melhora o time e consegue chegar ao gol de empate. Sem poder de fogo para reagir, Real Madrid arrasta o jogo para os pênaltis e vence.