Pages

sábado, 18 de junho de 2016

Bélgica - Análise dos Favoritos - Eurocopa 2016

A Bélgica tem uma geração de jogadores excepcionais em todos os setores do campo que são destaques em seus clubes, mas ainda precisa se provar em grandes competições. O seu técnico tem muitas opções, mas não parece ter uma estratégia clara ainda. A Euro 2016 é a competição ideal para essa geração mostrar seu valor.

Defesa

O goleiro titular está entre os três melhores do mundo. Joga atualmente no Chelsea, onde foi campeão inglês, mas brilhou no Atlético de Madrid que foi vice-campeão europeu em 2014. Seu reserva imediato, Mignolet, é titular do Liverpool e foi vice da Europa League esse ano. O terceiro goleiro é o vetereano Gillet, de 37 anos. 

O grande problema da Bélgica é a ausência de laterais. Por isso, o técnico geralmente joga com zagueiros improvisados. A dupla Alderweireld e Vertonghen, que forma a dupla de zaga no Tottenham, é comumente usada nas laterais. Para esse torneio, devido a ausência de Kompany, Alderweireld jogará no meio, mas Vertonghen permanece como lateral esquerdo. Completa a zaga, Vermaelen, zagueiro de bom toque de bola que se destacou no Arsenal, foi comprado pelo Barcelona, mas teve muitas lesões que impediram sua sequência no time espanhol. Na lateral direita, o técnico Marc Wilmots parece ainda não ter se decidido quem será o titular. Por ali, ele costuma usar o zagueiro Laurent Ciman, ou o lateral direito Thomas Meunier, único especialista da posição. Completam ainda o time os zagueiros Jason Denayer e Christian Kabasele e o lateral-esquerdo Jordan Lukaku, irmão do atacante Romelu Lukaku.


Meio-Campo

No meio, a Bélgica tem pelo menos quatro jogadores de altíssimo nível para distribuir entre duas ou três posições, dependendo da formação escolhida. Fellaini, do Manchester United, é um volante com muita chegada na área, muitas vezes usado como um centroavante auxiliar devido sua altura e cabeceio. Axel Witsel é um meia técnico, ótimo passador e com boa distribuição de bola, e que também chega bem na área. Nainggolan é um meia que joga no futebol italiano, com bons chutes de fora da área, e uma característica um pouco mais batalhadora. Por último, Mousa Dembélé é outro jogador do Tottenham, que alia potência e técnica no drible. 


Ataque

As opções no ataque também são muito boas. Começando com o astro do time, Eden Hazard, campeão inglês com o Chelsea, e um dos melhores dribladores do futebol atual. Kevin De Bruyne (Manchester City) é outro pilar do time, capaz de jogar tanto pelos lados como também como ponta-de-lança. Os dois geralmente tem a companhia de Romelu Lukaku, centroavante forte e ágil do Everton.

A esses três somam-se ainda: Yannick Carrasco, jovem revelação do Atlético de Madrid que vem ganhando cada vez mais espaço no time belga, joga pelas pontas; Cristian Benteke e Divock Origi, são dois centroavantes do Liverpool que devem disputar uma vaga com Lukaku; Mertens, da Lazio, é um ponta direito clássico, e Michy Batshuayi é um jovem atacante do Olympique de Marselha, que deve apenas ganhar experiência nesse torneio.

Estilo de jogo


O técnico Wilmots geralmente joga em um 4-2-3-1. Os atacantes dribladores se sentem mais confortáveis a jogar no contra-ataque, entretanto, a seleção Belga muitas vezes tem de propor o jogo, enfrentando times recuados que negam espaço atrás da linha defensiva que possa ser explorada por Hazard e cia. Nesses casos, é comum ver a Bélgica tocar bem a bola e cercar o adversário, mas sem ameaçar completamente. Se, por outro lado, o time belga tiver o contra-ataque, ela se torna muito mais perigosa, e nesses casos Hazard é capaz de mostrar toda sua classe. A ausência de laterais de ofício torna ainda mais difícil a missão de quebrar defesas bem montadas, já que a ultrapassagem fica complicada, mesmo com bons centroavantes na equipe. Vertonghen ainda avança, cumprindo a sua função tática, mas não é a melhor solução. 

0 comentários:

Postar um comentário