Argentina sem Aguero
Alejandro Sabella, o técnico da Argentina, reestruturou completamente o time depois da lesão de Agüero. Contra a Bélgica, entrou Lavezzi na ponta esquerda e Di Maria foi para a direita do meio-campo. Biglia substituiu Gago e o contestado Demichelis jogou no lugar de Fernandez. Os dois pontas da Argentinha tinham papéis bem distintos. Lavezzi, na esquerda, ficou bem perto da linha lateral e oferecia sempre a opção para a bola enfiada de Messi por trás da zaga. Quando chegou na linha de fundo, entretanto, não conseguiu servir seus companheiros com qualidade. Do outro lado, o canhoto Di Maria se deslocava da direita pro meio, dialogando com Messi.
Bélgica frouxa no meio
A Bélgica trocou apenas Mertens por Mirallas em relação ao jogo anterior. Lukaku, que foi bem na prorrogação contra os EUA, ficou no banco. Uma característica marcante da estrutura do time era que Fellaini subia muito para se juntar aos atacantes do time, e deixava Witsel sozinho no meio, tendo que lidar com Messi no mano a mano. Essa ingenuidade no tratamento ao melhor do mundo resultou em bons movimentos da Argentina no inicio do jogo, inclusive resultando no único gol da partida, com menos de dez minutos.
Sabella se defende
A dupla Di Maria e Messi dominou o meio-campo, facilitado pela tática da Bélgica. Infelizmente, essa combinação durou muito, pois o jogador do Real Madrid saiu machucado no final do primeiro, e está fora da Copa. Sabella colocou Perez no seu lugar. Ele é um jogador de marcação, e jogou na direita para segurar as subidas de Vertonghen, o zagueiro-lateral que era a principal válvula de escape do time belga. Ficava claro a intenção de segurar o placar e tentar o contra-golpe do técnico argentino.
Mascherano
O ex-volante do Corinthians fez grande jogo, e faz boa Copa. Jogando em um meio-campo pouco criativo, com Perez e Biglia, ele se destaca por ser importante tanto na defesa quanto na distribuição de bola. Ainda criou algumas chances reais de gol.
Mascherano teve boa participação na defesa (verde claro) , mas também distribuiu bem o jogo para os flancos (azul escuro) e criou chances de gol (azul claro) |
Outro ponto interessante do jogo foi também o posicionamento de Lionel Messi. Se ele já jogou de ponta-direita e falso nove, pela Argentina ele agora joga como um clássico enganche argentino, nos molde de Riquelme - com o acréscimo da velocidade. Ele ficou na região central do campo, aproveitando os muitos espaços que a Bélgica lhe deu e esfriou o jogo sempre que pôde, mantendo a posse de bola com passes curtos e acelerando apenas esporadicamente. Participou até na marcação. Como é possível ver no gráfico abaixo, a maioria das suas tentativas de drible foram na faixa central do campo, diferente do que estamos acostumado a vê-lo fazer.
Dribles de Messi: Concentração na faixa central do campo. |
Pressão final da Bélgica
Pressão no final: De Bruyne na direita tentando cruzamentos. Argentina com 4 volantes, Palacio marcando o lateral e apenas Messi na frente. |
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