Escalações
Em relação ao jogo contra a Colômbia, Vidal e Diaz voltaram ao time depois de cumprirem suspensão. Pizzi novamente optou por escalar Isla na lateral-direita e Fuenzalida pela meia-direita. O resto do time foi o esperado.
O técnico Gerardo Martino pôde escalar pela primeira vez o time considerado ideal, com Messi e Di Maria jogando juntos. No meio, Biglia ganhou a vaga de Augusto Fernandez.
Expulsões
Uma característica dos dois times é a intensidade. Ambos são adeptos da marcação avançada e com pressão. Os chilenos construíram essa característica a partir do tempo em que foram treinados por Marcelo Bielsa. Vidal e Aranguiz são dois meio-campistas que unem técnica e energia necessária para realizar muito bem esse tipo de jogo. A eficiência na pressão explica a goleada de 7 a 0 no México.
A Argentina desenvolveu essa capacidade de pressionar mais recentemente, mas agora é uma de suas características. Esse tipo de jogo é fadado a ter muito contato. Aliado a presença de um juiz brasileiro, era certo que a distribuição de cartões iria começar cedo.
De fato, dois jogadores foram expulsos no primeiro tempo. Isso alterou a dinâmica do jogo, aumentando os espaços. O volante chileno Diaz recebeu dois amarelos por faltas em Messi, e, num claro movimento de compensação, o lateral argentino Rojo foi expulso. Não é que, individualmente, esses jogadores não mereceram ser expulso. Mas o árbitro Héber Roberto Lopes não soube gerenciar o jogo, marcando faltas demais, o que resultou em jogadores com ânimos acirrados e buscando ainda mais o contato. Messi e Vidal souberam se aproveitar disso para causar as expulsões.
Sem Rojo, Mascherano virou zagueiro e Funes Mori o lateral-esquerdo do time. No Chile, Aranguiz e Vidal dividiram as funções de Diaz. |
Chile corajoso e Argentina pragmática.
O Chile começou bastante proativo, tocando a bola desde o goleiro Bravo. A Argentina pressionava, mas o Chile não se precipitava, rodando a bola na defesa até encontrar o espaço para avançar. A frieza chilena sob pressão foi impressionante, e refletia uma equipe muito bem treinada.
O problema do Chile era só um: A capacidade de Messi desequilibrar. Apesar do Chile ter a bola na maior parte do tempo, as poucas vezes que a Argentina recuperava-a, Messi tinha espaço para correr com a bola, criando chances de gol. Foi assim que Diaz acabou expulso, por dois cartões amarelos em faltas em Messi. Mesmo com a bola, o Chile não conseguiu chutar no primeiro tempo, enquanto a Argentina chegou seis vezes.
Depois das expulsões, a dinâmica do jogo mudou um pouco. O Chile foi ainda mais paciente com a bola, tocando-a na defesa mesmo sob a pressão argentina, o que fez os atacantes argentinos cansarem. Gerardo trocou Di Maria, que não estava 100%, por Kranevitter, reforçando o meio-campo, que havia perdido Mascherano para a zaga. Com esse movimento, a Argentina ficou ainda mais dependente de Messi, e portanto, mais prevísivel. Higuain também cansou, sendo substituído por Aguero. Messi passou a ser o homem mais avançado do time, como falso nove, com Aguero fechando a linha de quatro no momento defensivo, e se tornando um atacante no momento ofensivo.
O jogo prosseguiu sem gols, com o Chile envolvendo a Argentina, mas sofrendo com os poucos momentos em que Messi encontrava a bola. A Argentina foi bem defensivamente - reflexo dos três zagueiros e três volantes, mas o Chile impressionou pelo toque de bola e confiança no seu estilo de jogo proativo.
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