Aquecimento
Mourinho escalou o mesmo time que disputou o primeiro jogo e o jogo contra o Barcelona pela Copa do Rei. Diego López no gol. Coentrão e Arbeloa nas laterais. Sergio Ramos e Varane na zaga. Alonso, Khedira, Ozil e Di Maria no meio, junto com Ronaldo e Higuain. Marcelo e Kaká continuaram no banco, assim como o francês Benzema, preterido ultimamente por Higuain.
Já o escocês Alex Ferguson fez muitas mudanças no seu time, em relação tanto ao jogo de ida, quanto ao jogo do fim de semana do campeonato inglês. Rooney e Kagawa, que juntos marcaram os quatro gols da equipe no seu último jogo, ficaram no banco. O técnico optou por Nani na ponta direita e Ryan Giggs na esquerda, formando uma dupla de ataque com Welbeck e Van Persie. No meio, Carrick e Cleverley foram os escolhidos. Atrás, Rafael, Vidic, Ferdinand e Evra compuseram a linha defensiva, completada pelo goleiro De Gea.
A vez do domínio estéril do Real Madrid
Tendo a experiência do primeiro jogo e após assistir os jogos do Real contra o Barcelona, Sir Alex Ferguson com certeza percebeu que a chave para lidar com a potência do time espanhol seria evitar que eles encontrassem espaço entre e atrás das linhas de marcação inglesas. Por isso, apesar de jogar em casa, o time do Manchester jogou com duas linhas de quatro bem fechadas, dando todo o campo a sua frente.
Com isso, o Real dominou a posse de bola no primeiro tempo. E a trabalhou muito bem. A posição natural do time, com Di Maria pela direita, Higuain na frente e Ronaldo na esquerda foi constantemente mudada, com muita fluidez. Di Maria invertia com Khedira, que por sua vez ia para a ponta direita. Higuain e Ronaldo invertiam também, com o português se tornando muitas vezes o jogador mais avançado da equipe espanhola. Em outro momento, Di Maria foi jogar na ponta esquerda, com Ronaldo flutuando por todo o ataque. Apesar de toda a movimentação, a marcação e estrutura do time inglês foram inabaláveis e relativamente seguras no primeiro tempo inteiro. Notável a marcação, por vezes dupla, de Van Persie e, principalmente, Welbeck sobre Xabi Alonso. O maestro espanhol não pôde fazer um lançamento no jogo e pouco impactou o resultado.
Aos 40 minutos, Di Maria saiu machucado e deu lugar para Kaká. A entrada do brasileiro impediu um pouco a fluidez do ataque do Real, já que o argentino fazia uma partida de intensa motivação e sincronia com os parceiros de ataque. Kaká por outro lado, passou boa parte do jogo tendo de pedir a bola, que poucas vezes recebia, e parecendo um pouco perdido no jogo. Isso contribui para o Real perder bastante do seu volume de jogo no segundo tempo.
Aos 40 minutos, Di Maria saiu machucado e deu lugar para Kaká. A entrada do brasileiro impediu um pouco a fluidez do ataque do Real, já que o argentino fazia uma partida de intensa motivação e sincronia com os parceiros de ataque. Kaká por outro lado, passou boa parte do jogo tendo de pedir a bola, que poucas vezes recebia, e parecendo um pouco perdido no jogo. Isso contribui para o Real perder bastante do seu volume de jogo no segundo tempo.
Ryan Giggs eterno e o gol inglês
Outro destaque do time inglês foi o galês Ryan Giggs, que esta semana renovou seu contrato e deve se aposentar com mais de quarenta anos. O veterano foi escalado para jogar pelo lado direito da segunda linha do Manchester, ajudando Rafael a enfrentar a dupla Cristiano Ronaldo e Fábio Coentrão. Se alguém receasse que seu físico não seria páreo para a energia dos dois, enganou-se. Ele cumpriu, e muito bem, suas funções defensivas e ofensivas. Em dado momento, ele enfrentou Coentrão e arranjou um escanteio na raça.
Giggs também abusou de passes incisivos na direção da dupla de ataque. Porque Cristiano Ronaldo joga tão avançado e sem guardar posição, e o meio-campo do Real não tem ninguém que caia pela esquerda, o lateral esquerdo adversário tem de marcar pressão o jogador que cai por aquele setor, sob o risco de dar-lhe muito tempo e espaço com a bola. Isso cria um buraco na defesa a ser coberto por Sergio Ramos, que foi constantemente aproveitado pela dupla Van Persie e Welbeck, inclusive no lance do gol inglês, quando a dobradinha Rafael e Giggs escapou da marcação pressão, e a movimentação da dupla de ataque deslocou a defesa, criando uma série de espaços que foram bem aproveitados.
Expulsão polêmica e a virada espanhola
O gol saiu aos 3 minutos do segundo tempo. Nesse momento, o Real precisava de apenas um gol pra igualar o jogo, mas o Manchester era impecável na execução de seu plano de jogo. Até que o português Nani, dos Diabos Vermelhos, levantou demais a perna em disputa com Arbeloa, conseguindo um cartão vermelho por jogada perigosa. José Mourinho no mesmo momento retirou Arbeloa de campo, colocando o croata Luka Modric. Khedira foi jogar na lateral direita. Nesse momento, o Real tinha: Mesut Ozil, Kaká, Modric, Xabi Alonso e Khedira em campo. Cinco meio-campistas de altíssimo nível, além de Cristiano Ronaldo.
O gol saiu aos 3 minutos do segundo tempo. Nesse momento, o Real precisava de apenas um gol pra igualar o jogo, mas o Manchester era impecável na execução de seu plano de jogo. Até que o português Nani, dos Diabos Vermelhos, levantou demais a perna em disputa com Arbeloa, conseguindo um cartão vermelho por jogada perigosa. José Mourinho no mesmo momento retirou Arbeloa de campo, colocando o croata Luka Modric. Khedira foi jogar na lateral direita. Nesse momento, o Real tinha: Mesut Ozil, Kaká, Modric, Xabi Alonso e Khedira em campo. Cinco meio-campistas de altíssimo nível, além de Cristiano Ronaldo.
O impacto do homem a menos e do croata foi instantâneo Xabi Alonso continuou bem marcado, Ozil isolado e mal na ponta-direita, graças a presença de Kaká, que pouco fez, mas se juntava a Higuain no ataque, atraindo a marcação. Tudo isso colaborou para que quem pudesse usufruir de espaço fosse justamente Modric, que se posicionou entre Alonso, muito embaixo, e Kaká, muito em cima. Dali, ele distribui o jogo de forma a tentar contornar a parede que o Manchester construiu, mesmo com um a menos. Quando mesmo isso não funcionou, ele igualou o placar com um lindo chute de fora da área. Logo em seguida, ele encontrou Higuain entre os zagueiros do Manchester. O argentino tabelou com Ozil, que devolveu de letra para o atacante cruzar e Cristiano Ronaldo escorar pro gol. Em aproximadamente 10 minutos em campo, o croata participou ativamente da virada do Real.
Com um a menos, o Manchester pressiona.
Com o segundo gol do Real, o Manchester precisaria marcar mais dois para se classificar, já que o empate em 2 a 2 ainda daria a vaga ao time de Madrid. Sir Alex Ferguson colocou Rooney, Ashley Young e Valencia em campo, no lugar de Cleverley, Welbeck e Rafael, respectivamente. O time se organizou em um 4-2-3/4-4-1, com Van Persie na frente, Ashley Young pela esquerda e Rooney pela direita, vindo para o meio e deixando Valencia fazer o papel duplo de lateral e ponta, Giggs e Carrick formaram a dupla de meio-campo. Mourinho respondeu tirando Ozil - provavelmente não tirou Kaká por uma questão de respeito - e colocando Pepe, que entrou na lateral direita, com Khedira voltando ao meio, ao lado de Xabi Alonso. Modric jogou um pouco a frente dos dois, com Higuain na ponta-direita, Kaká na esquerda e Cristiano Ronaldo na frente.
Precisando dos gols, o time de Ferguson abandonou a estratégia de esperar o adversário e começou a pressionar fortemente a saída de bola, empurrando o Real para o seu próprio campo. Quando finalmente teve a atitude do adversário na qual o time espanhol prospera, eles não conseguiram aproveitaram para criar contra-ataques mortais e matar o jogo. Os últimos 20 minutos foram de domínio inglês, que fez Diego López fazer pelo menos três defesas difíceis colocando ainda um ponto de interrogação sobre a volta de Casillas ao gol. O caminho do gol foi pelo lado direito, por onde nem Kaká nem Ronaldo voltavam para acompanhar Rafael, e depois, Valencia, amenizando a superioridade numérica. Por ali, o Manchester poderia ter virado o jogo se não fosse a grande exibição do goleiro espanhol.
Mourinho: "Passamos, mas perdemos"
Em entrevista após o jogo, Mourinho disse, em francês, que apesar da vitória no placar e da classificação, seu time tinha perdido a partida, jogando muito mal. De fato, apesar do bom começo de jogo e do período logo após a expulsão, o Manchester foi mais organizado e perigoso que o Real. A decisão da expulsão gerou muita polêmica e decidiu fatalmente o destino do jogo, que era tão equilibrado. Ferguson poderia ter esperado melhor sorte com sua estratégia, ainda que se discuta a decisão de ter deixado Kagawa e Rooney no banco.
Com um a menos, o Manchester pressiona.
Com o segundo gol do Real, o Manchester precisaria marcar mais dois para se classificar, já que o empate em 2 a 2 ainda daria a vaga ao time de Madrid. Sir Alex Ferguson colocou Rooney, Ashley Young e Valencia em campo, no lugar de Cleverley, Welbeck e Rafael, respectivamente. O time se organizou em um 4-2-3/4-4-1, com Van Persie na frente, Ashley Young pela esquerda e Rooney pela direita, vindo para o meio e deixando Valencia fazer o papel duplo de lateral e ponta, Giggs e Carrick formaram a dupla de meio-campo. Mourinho respondeu tirando Ozil - provavelmente não tirou Kaká por uma questão de respeito - e colocando Pepe, que entrou na lateral direita, com Khedira voltando ao meio, ao lado de Xabi Alonso. Modric jogou um pouco a frente dos dois, com Higuain na ponta-direita, Kaká na esquerda e Cristiano Ronaldo na frente.
Precisando dos gols, o time de Ferguson abandonou a estratégia de esperar o adversário e começou a pressionar fortemente a saída de bola, empurrando o Real para o seu próprio campo. Quando finalmente teve a atitude do adversário na qual o time espanhol prospera, eles não conseguiram aproveitaram para criar contra-ataques mortais e matar o jogo. Os últimos 20 minutos foram de domínio inglês, que fez Diego López fazer pelo menos três defesas difíceis colocando ainda um ponto de interrogação sobre a volta de Casillas ao gol. O caminho do gol foi pelo lado direito, por onde nem Kaká nem Ronaldo voltavam para acompanhar Rafael, e depois, Valencia, amenizando a superioridade numérica. Por ali, o Manchester poderia ter virado o jogo se não fosse a grande exibição do goleiro espanhol.
Mourinho: "Passamos, mas perdemos"
Em entrevista após o jogo, Mourinho disse, em francês, que apesar da vitória no placar e da classificação, seu time tinha perdido a partida, jogando muito mal. De fato, apesar do bom começo de jogo e do período logo após a expulsão, o Manchester foi mais organizado e perigoso que o Real. A decisão da expulsão gerou muita polêmica e decidiu fatalmente o destino do jogo, que era tão equilibrado. Ferguson poderia ter esperado melhor sorte com sua estratégia, ainda que se discuta a decisão de ter deixado Kagawa e Rooney no banco.
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